Wind Brasil terá seis campeonatos internacionais em 2011 e classe olímpica entra no programa

10 de dezembro de 2010 - 11:15

Empresa organizadora do maior evento de windsurf no país promete competições em Búzios, Florianópolis, Ilhabela, Natal, Fortaleza e Jericoacoara

Seis eventos internacionais. É isso que promete para 2011 a Arrow Marketing, empresa organizadora do Wind Brasil. O objetivo é realizar cinco torneios de Formula e um de Freestyle, em diversas localidades do litoral brasileiro. Para festejar o 15º aniversário será lançado um livro que contará a história dos campeonatos realizados com a chancela Wind Brasil.

Nos seis campeonato programados para 2011 será agregada a classe olímpica RS:X. ‘Resolvemos incorporá-la justamente para criar um espaço para que nossos velejadores tenham competições para se aprimorar para os Jogos de Londres-2012 e para que possamos garimpar novos valores para 2016, no Rio de Janeiro’, afirmou Décio Sanford, diretor da Arrow Marketing e idealizador do projeto Wind Brasil.

Em 2010, a empresa promoveu com sucesso o Brasileiro e o Mundial de Formula, ambos em Fortaleza, no final de outubro, e também o Mundial de Slalom, na praia de Flecheiras (município cearense de Trairi, localizado a 130 Km da Capital) e agora, segundo Décio Sanford, ‘chegou a hora de expandirmos nossos horizontes’.

O empresário disse que as datas das seis competições ainda estão sendo discutidas com as associações internacionais que controlam o esporte. Contudo, já adiantou que elas serão realizadas em Búzios (RJ), Florianópolis (SC), Ilhabela (SP), Natal (RN), Fortaleza (CE) e na praia de Jericoacoara, no município cearense de Jijoca.

O Wind Brasil é um projeto pioneiro criado pela Arrow Marketing, com apoio da Associação Brasileira de Windsurf (ABWS). Ele nasceu há 14 anos e sempre manteve o objetivo de não só incentivar a prática do windsurf e de revelar novos valores do esporte no País, mas também de fomentar o turismo na região onde as competições são disputadas.

Segundo Décio Sanford, os campeonatos que levam a marca Wind Brasil são cercados de ações que procuram divulgar o turismo da região sede do evento, mostrando o potencial do local para mais de 20 milhões – 10 milhões apenas na Europa – de praticantes do esporte nos cinco continentes. Um contingente reconhecidamente de alto poder aquisitivo, formador de opinião e viajantes por natureza.

O empresário lembrou que a realização de seis eventos em localidades distintas fará com que mais lugares do Brasil sejam conhecidos pela comunidade do windsurf internacional. ‘Estamos abrindo o leque de alternativas para um enorme número de turistas do esporte que viaja durante todo ano atrás das condições ideais para velejar’, ponderou Décio Sanford. ‘Agora, todos terão mais opções para conhecer o Brasil, do Sul ao Nordeste’, completou.

Wind Brasil, ano 15 – Décio Sanford lembrou que a ideia de se criar o Wind Brasil surgiu quando um grupo de empresários e governantes do Ceará buscavam ferramentas para fomentar o turismo do Estado e resolveram viajar para Madri, na Espanha, para participar da Fitur, uma das maiores feiras do mundo do setor. Isso em 1996. ‘Lá, vimos que os expositores exploravam demais, nos folhetos de divulgação, imagens do mar, do céu e de velas integradas. Tudo o que mais temos no litoral cearense’, explicou.

Durante a feira, foi feita uma pesquisa e descobriu-se que as Ilhas Canárias, na Espanha, realizavam um evento de windsurf, que agregava ao local a visita de um milhão de velejadores por ano. ‘Aí, resolvemos buscar neste modelo, de um evento náutico, colorido, jovem, competitivo, ligado ao mar e à praia, uma direção para promover o turismo no Ceará. Saímos de Madri e fomos direto para Londres (Inglaterra), onde estão as principais associações do esporte, e saímos de lá com contrato de exclusividade de representação no Brasil’, recordou Décio Sanford.

Ele ressaltou que, a partir da realização da primeira edição do Wind Brasil, ainda com o nome de Ceará Wind, em 1997, o litoral cearense tornou-se destino obrigatório de velejadores de todo o mundo. ‘Ao focar neste nicho, conseguimos promover não só o turismo esportivo, mas também o de lazer. Nestes 15 anos, sempre contando com a parceria do Governo do Estado e dos ministérios do Esporte e do Turismo, ajudamos o turismo crescer no Ceará na ordem de 13% superior aos demais estados do Nordeste’, ponderou o empresário.

Décio Sanford garantiu que, com a expansão do projeto Wind Brasil para outros estados em 2011, o conceito de difusão do turismo dos locais onde os campeonatos ocorrem serão mantidos. ‘Esta credibilidade que construímos durante este 15 anos nos abalizam a dizer que teremos sucesso nesta nova iniciativa. Ainda mais porque, em 2009, realizamos com propriedade um evento da classe Formula em Ilhabela, no litoral de São Paulo’, afirmou.

De louco a visionário Na semana passada, a praia de Flecheiras, em Trairi (CE), recebeu o Wind Brasil – Campeonato Mundial de Slalom. A sede oficial do evento foi o Hotel Solar das Flecheiras, pioneiro no atendimento personalizado de qualidade na região. O estabelecimento foi construído há 25 anos por Décio Sanford, que, de louco, passou a ser chamado de visionário.

‘Quando eu, um carioca, falei que iria levantar um hotel em Flecheiras, uma praia totalmente deserta, sem estrada de acesso, sem a mínima estrutura, todos falavam que eu não estava batendo bem da cabeça. Mas sabia que o turismo cresceria na região, que este era o caminho para fomentar a economia do Nordeste e resolvi investir’, afirmou o empresário.

‘Hoje, o hotel recebe turistas selecionados de diversos países da Europa e de outros estados, pois não deixamos nada a desejar às praias do Caribe e ainda contamos com a parceria da Planet Allsports, uma dos mais conceituados clubes de wind e kite do mundo’, enfatizou.

A partir da construção do hotel, a relação de Décio Sanford com Flecheiras se estreitou e ele acabou tornando-se o primeiro secretário de Turismo e do Meio Ambiente da história do município de Trairi, em 1997. Em 2003 deu início a sua segunda gestão no órgão. ‘Colocamos em prática um projeto de turismo sustentável, com um plano diretor que visava o qualitativo, contra o predatório. Hoje, devido a este trabalho, Flecheiras transformou-se em um dos destinos mais charmosos do litoral brasileiro’, acrescentou.

Muito do empreendedorismo de Décio Sanford é creditado por ele próprio ao seu bisavô, John Sanford, engenheiro que saiu de Nova York, nos Estados Unidos, para ser comprador de couro de uma indústria norte-americana no Ceará, mais precisamente na região de Sobral. ‘Ele gostou do que viu, se casou aqui e passou a ser exportador de couro’, lembrou o empresário.

Segundo ele, o ancestral era tão visionário, que trouxe, de navio, dos Estados Unidos, todos os maquinários para a instalação da primeira usina de açúcar e derivados do Ceará. ‘Todo equipamento chegou em Camocim, foi levado de trem até Sobral. Depois, com auxílio de 300 mulas, a fábrica foi montada na Serra da Meruoca, nas proximidades de Sobral, e ajudou a fomentar o desenvolvimento local’, recordou Décio Sanford. ‘Como se pode ver, o empreendedorismo está no sangue da família’, finalizou.

Informações à imprensa:

Roberto Pierantoni – MTb.: 18.194 
Email: piera@zdl.com.br