Em Fortaleza, os voluntários fazem a diferença nas Olimpíadas Escolares

17 de setembro de 2010 - 11:33

O sucesso das Olimpíadas Escolares 2010, para atletas entre 12 e 14 anos, está relacionado à colaboração de 220 voluntários. Vindos do Ceará e de outros dez estados do Brasil, os voluntários contribuem para o êxito da maior competição estudantil nacional, organizada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que se encerra no próximo domingo, dia 19, em Fortaleza (CE).

Na capital cearense, o esporte nacional está sendo apresentado a alguns de seus futuros atletas, que poderão representar o Brasil nas próximas edições de Jogos Olímpicos. Esse fato reflete a importância de se incluir a atividade voluntária na organização das Olimpíadas Escolares, algo destacado pela coordenadora do Núcleo de Voluntários do COB, Paula Hernandes. 'É impossível realizar um grande evento sem o apoio. Com um trabalho de longo prazo, a gente conseguiu implantar a cultura do voluntariado em competições esportivas e o trabalho passou a ser valorizado', afirma a coordenadora.

Paula Hernandes se mostra bastante satisfeita com a participação de todos. Para esta edição dos jogos, mais de 400 pessoas se inscreveram no site das Olimpíadas Escolares e mostraram interesse no trabalho. 'Que eles saíam com mais experiência. Eu sempre busco a valorização e o reconhecimento de meus voluntários. Isso é um legado social', explica a ex-atleta, que fez parte da Seleção Brasileira de vôlei nos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980. Formada em biologia e jornalismo, ela foi gerente de voluntariado dos Jogos Pan e Parapanamericanos Rio 2007, quando coordenou mais de 15 mil voluntários. 

As cerca de 5 mil pessoas envolvidas com as Olimpíadas Escolares, entre atletas, dirigentes, além do público, contam com o auxílio dos voluntários em diversas funções. As atividades se dão em todas as áreas do evento: ações sócio-culturais, apoio operacional e técnico, assessoria de imprensa, cerimonial, credenciamento, departamento médico, marketing, recepção, refeitório, secretaria e transporte. 

O legado descrito por Paula Hernandes é comprovado pela relações públicas Sheila Patrony, de 29 anos. A catarinense se inscreveu no programa de voluntários do Rio 2007, participou de cinco eventos nacionais e, nas Olimpíadas Escolares de 2009, em Londrina e Maringá (PR), foi contratada pelo COB. 'É muito diferente estar do outro lado. A gente se coloca no lugar do outro e vê situação em que ele se encontra para ajudá-lo', explica Sheila, ao relembrar as experiências anteriores. 'Voluntário não recebe dinheiro, mas gosta muito do que faz. Ganha em aprendizado, formação e amizade', diz.

Os voluntários recebem alimentação, uniforme, ajuda de custo para transporte, certificado e declaração de horas trabalhadas. Além disso, eles ganham a possibilidade participar dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Para o estudante de educação física da Faculdade Integrada do Ceará (FIC – Estácio), Thiago Santos, 24, o fundamental é querer ajudar. 'É uma sensação diferente. Eu me sinto muito bem sendo voluntário do COB, uma experiência única', comenta Thiago, que acompanhou a delegação do Paraná nas Olimpíadas Universitárias de 2009, em Fortaleza, e repete o trabalho em 2010.

O também estudante de educação física da Universidade Federal do Ceará (UFC), Jonatan Lima, 19, é um dos cem novos voluntários cearenses. Ele se une aos mais experientes e mostra-se animado com a experiência. 'Eu gosto de ajudar as pessoas e sou apaixonado por esportes. Poderei conhecer mais sobre as Olimpíadas e a vida escolar. Eu me sinto incluído e isso vai ser demais para a minha formação profissional', declara Jonatan.

Além dos 200 voluntários locais, outros 20 vindos de Alagoas, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Santa Catarina foram selecionados. A pesquisadora e genealogista Vera Ferreira trabalha voluntariamente desde 2007. 'Sou voluntária e estou aqui porque quero e tenho de dar meu melhor. Vejo o serviço como forma de prazer e realização pessoal', destaca a gaúcha, que mora no Rio de Janeiro há 15 anos.

As Olimpíadas Escolares são organizadas e realizadas pelo Comitê Olímpico Brasileiro, co-realizadas pelo Ministério do Esporte e pelas Organizações Globo, com a direção técnica das Confederações Brasileiras Olímpicas e apoio do Governo do Ceará.

Fonte: Assessoria de Imprensa – COB